One day we'll be together (we'll never be apart)

sábado, 31 de julho de 2010

O pior de todos

Sempre fui muito sentimental, muito sensível... Sensível até demais algumas vezes.
Várias coisas me machucam: brigas, desentendimentos, meu desempenho no colégio, alguns descontentamentos... mas o pior de tudo pra mim é uma coisinha que começa bem pequenininha, lá dentro, bem lá no fundo. Ela se alimenta dos nossos melhores sentimentos, se alimenta de tempo, se alimenta de recordações e cresce extremamente rápido. O nome? Saudade.
Saudade de quando eu era pequenininha e dependia da boa vontade dos meu pais para tudo.
Saudade de quando entrei no colégio pela primeira vez e logo fiz meus primeiros amiguinhos.
Saudade de quando meus primeiros amiguinhos, por mais novos que fossem, tinham um sentimento puro e sincero por mim.
Saudade de me sentar na salinha para ouvir sempre as mesmas historinhas do meu avô.
Saudade de morar com a minha mãe e de implicar com a minha irmã de 5 em 5 minutos.
Saudade do ano da minha formatura, das antigas amizades, do amor antigo.
Saudade de quem passou pro outro lado e saudade de quando eu tinha tudo e achava que não tinha nada.
Saudade é pior que raiva, é pior que ódio e, confesso, saudade pra mim é ainda pior que indiferença.
Prefiro não estar nem aí, que não estejam nem aí pra mim à sentir falta de alguém e não estar presente onde alguém me quer.
Raiva com uma conversa, passa. Ódio com mais algumas conversas e um pouco de tempo também passa. Indiferença nem tem que passar, indiferença é nada. Agora, saudade? Essa só passa quando se tem o que queremos bem perto de nós. Se fosse simples assim a saudade seria o sentimento mais passageiro dessa dimensão! Quando sentíssemos saudade, pegaríamos o desejado e ela passaria.
Aí que mora o problema: nem sempre podemos ter as coisas de volta. E aí? E aí nada... Morremos de saudade.

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