One day we'll be together (we'll never be apart)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Eu

Me chamo Júlia, tenho quinze anos.
Sou alta e não sei dizer que cor são meus cabelos e meus olhos... Há controvérsias.
Gosto de futebol, de amigos, da família e de chocolate.
Gosto de andar a pé pra não fazer nada e de não fazer nada para não ter que andar a pé.
Gosto de ballet, gosto de chiclete, gosto de português.
Gosto de ler e gosto de música.
Gosto de mim mas nem tanto quanto gosto dos outros.
Gosto da minha turma, amo meu colégio.
Amo minha amiga e amo alguém também.
Gosto de desenhar, gosto de falar e adoro ouvir.
Gosto de ver tevê mas prefiro dormir.
Gosto de estudar e odeio matemática... Não tanto quanto odeio física.
Gosto de dormir cedo para acordar tarde e dormir tarde para acordar mais tarde ainda.
Acordar cedo não é legal.
Gosto de escrever mas nunca tenho assunto.
Gosto de conversar sobre tudo, principalmente com duas pessoas.
Odeio não ter assunto e coisa que me irrita é indiferença e falta de consideração.
Sou ciumenta quando precisa e um pouco quando não precisa também.
Amo que sintam um pouco de ciúmes de mim e sinto falta disso.
Sou carente mas não gosto de carinhos o tempo todo.
Grude me irrita e pessoas que ficam sempre muito longe me deixam triste.
Não me acho bonita, bem pelo contrário, mas não vou ficar sempre reclamando.
Amo meu pai, sou viciada na minha mãe e não vivo sem minha irmã e meus avós.
Sou um exemplo vivo do 8 ou 80. Ou amo, ou odeio. Ou sou amiga, eu não falem comigo.
Ou gostem de mim ou sejam sinceros e não cheguem perto.
Há quem diga que nasci para ser amada ou odiada, concordo... Nunca gostei de meios termos.

Amo

Amo tudo em ti.
Amo teu cheiro e amo teu abraço.
Amo teu beijo e amo teu jeito.
Amo teu olho e amo te ver.
Amo ficar contigo e amo até sentir tua falta.
Amo saber que tu gosta de mim e amo mais ainda saber que estamos juntos.
Amo a maneira como tu fala comigo, amo teu silêncio.
Amo tua cara de brabo e amo teu sorriso.
Amo falar contigo e amo te ouvir.
Amo nós dois juntos.
Amo saber que deu certo.
Te amo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Tudo

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

Martha Medeiros

ai ai

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Extremos

Um dia muito amorzinho, outro dia muito frio. Eu juro que não entendo.
Não sei se sou eu que espero muito das pessoas, se eu fico esperando demais por palavras bonitas, abraços, beijos e surpresas, mas as coisas parecem um tanto quanto confusas pra mim.
Quando eu me conformo com uma coisa sem-sal ganho um banho de elogios e palavras de carinho. Quando me acostumo com um amor do meu lado, volta toda a frieza.
Isso me deixa mal, me deixa pra baixo. Eu espero muito das pessoas, mesmo, demais, mais do que eu poderia até. Que coisa. Parece que eu não canso de me machucar.
Ou eu dou um jeito de me acostumar com bipolaridade ou eu não sei, mesmo. Vou enlouquecer daqui a pouquinho.
As vezes tenho vontade de gritar "ACORDA!!! EU EXISTO, EU TENHO SENTIMENTOS."
E é tão fácil me agradar, nossa... É fácil me deixar triste, é só me ignorar, me deixar de lado... Mas me agradar? Nossa, é mil vezes mais fácil. É só me dar um beijo de repente, me chamar de linda quando eu estiver me sentindo a pessoa mais feia do mundo, me ligar só pra saber se eu tô bem, me dizer um "eu te amo" do nada, só isso, UMA vez por ano e pronto. Eu sou muito infantil nesse ponto, me encanto por qualquer coisinha e não percebem isso. Enfim, supreendam-me, as vezes é bom!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Equilíbrio

Há um tempo atrás eu tinha algumas dúvidas, algumas incertezas, algumas coisas que me deixavam com um pé atrás até na hora de pegar o telefone e digitar o número. Eu me perguntava duzentas e cinquenta vezes se queriam falar comigo antes de ligar. Pensava mais trezentas vezes em como dar "Oi!". Antes de dizer um "eu te amo" daqueles bem sinceros eu pensava mais de trezentas vezes... Tinha medo de ouvir um "eu também" mais frio que não-sei-o-que.
Juro que eu pensei que eu sempre ia ser assim. Pensei até em procurar ajuda psiquiátrica (e é sério.).
Fiquei muito feliz no início dessa semana quando vi que alguém tinha conseguido fazer eu me livrar de todas essas inseguranças.É tão bom não ter dúvidas, não é? Não vou ser pretensiosa a ponto de dizer que, hoje, tenho certeza de tudo que eu faço/falo/penso, mas, como eu vou explicar... Não penso mais tantas vezes antes de fazer e, principalmente, falar as coisas que eu sinto. Aprendi a me sentir segura o bastante pra acreditar que a recíproca vai ser verdadeira e que eu vou ser correspondida e aprendi também a aceitar que as pessoas nem sempre vão sentir por mim o que eu sinto por elas. Aprendi que nem sempre as pessoas me amam como eu as amo, que nem sempre me detestam como eu as detesto, que nem sempre pensam como eu gostaria que pensassem e que eu, de jeito nenhum, posso julgá-las por isso. Que culpa elas tem? Eu é que espero demais delas... E já foi dito que "A expectativa é o caminho mais curto para a decepção".
Esse meu texto ficou bastante contraditório. Uma hora disse para "fechar os olhos e ir", sem ter medo de ser ou não correspondido. Outra hora, disse que não é bom ter expectativas. Mas acho que isso me mostra, e mostra pra vocês também, o quanto eu aprendi. Tanto aprendi que acho que encontrei o equilíbrio entre a expectativa e a ação. Entre esperar pelos outros e confiar em mim mesma.
Fico BEM feliz quando me dou conta disso.
Espero que essa minha certeza toda não seja só ilusão (expectativa)... Mas e se for? Azar! Tenho muito tempo pra aprender ainda