One day we'll be together (we'll never be apart)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Foi o melhor

Ontem fui praticamente forçada à tomar uma decisão que, confesso, eu estava tentando fugir há algum tempo. Tentei adiar o máximo que eu consegui pra não ter que pensar em todas as coisas boas, todas as ruins e colocar tudo em uma balança. Não queria ter que fazer isso e ainda decidir qual lado pesava mais, afinal, não é uma coisa que se faça de um dia pro outro e eu estou no meio das minhas férias de verão... Deveria ocupar minha cabeça com coisas menos decisivas pelo menos até o fim de fevereiro, quando toda a rotina volta.
Enfim, fui forçada à decidir e então o fiz. Eu não tinha escolha, era sim ou não. Quase como "agora ou nunca".
Pensei bem em quais palavras usar, em como falar... Não queria machucar mais quem, sinceramente, não merecia sofrer nem um terço do que estava sofrendo. Pelo menos não por minha causa.
Por mais que eu ache que usei as melhores palavras que me vieram à cabeça, não me pareceu justo o suficiente. Machuquei-o de novo. Por mais que as palavras não tenham sido ouvidas, pude sentir a angústia e o desapontamento na tela do meu celular. Foi difícil, foi complicado mas no fim, acho que foi melhor.
Melhor faze-lo sofrer agora do que esperar mais e aumentar o sofrimento. Melhor falar tudo isso agora, enquanto ele ainda tem tempo de cicatrizar antes de nos vermos, do que te-lo que encarar no outro dia como teria sido se eu tivesse feito tudo no tempo que eu havia planejado.
Ele tem amigos que vão ajudar e tem também algumas meninas que com certeza vão oferecer um ombro amigo. Quer dizer, talvez não o ombro e nem pra ser amigo, sabe como é... Ele vai melhorar. Pelo menos eu desejo profudanmente que isso aconteça.
Ao mesmo tempo que me sentia estranha, ruim, injusta e talvez egoísta por ter feito, dito e pensando tudo que eu pensei, senti como se uma mochila de 60 quilos fosse tirada das minhas costas. Senti um alívio, uma sensação diferente de tudo por saber que no fundo eu tinha feito o que era melhor pra mim, pra ele e pra nós dois. Foi melhor assim. Eu ainda não estou completamente convencida disso, tenho que repetir isso pra mim mesma algumas vezes por dia ao mesmo tempo que tento não pensar. É inversamente proporcional, entende? Enquanto a angústia diminui, a dúvida aumenta. A angústia de estar enrolando, de estar adiando algo que já era pra ter sido resolvido e a dúvida de não saber como ficou umas das pessoas que mais me ajudou durante a minha vida toda. Um amigo de valor inestimável, uma pessoa de caráter inigualável, um verdadeiro irmão que há alguns meses havia se tornado mais do que isso. Não sei se ele está bem, se está mal, se já melhorou um pouco ou se não está mais nem aí. Não sei se ele concorda com o que eu resolvi, se acha que eu fui burra, criança ou o que quer que seja. Eu simplesmente não sei e essa dúvida está me devorando por dentro.
O que eu mais espero e estimo nesse momento é que tudo, por mais difícil que seja, possa voltar ao normal o mais rápido possível. Que a gente possa retomar o que tínhamos antes de EU estragar tudo. Que não percamos a cumplicidade, a confiança que apredemos a ter. Que isso, essas coisas, não se percam junto com o "nós".
Como eu queria que ele pudesse ler isso, saber de tudo isso.
Posso ter errado uma vez tentanto ter algo a mais com alguém que nasceu perfeito pra mim, mas perfeito pra ser meu melhor amigo. Agora, não podia errar de novo fazendo com que esse alguém não fosse correspondido devidamente por mim. Tive que fazer isso.
Foi o melhor, foi o melhor, foi o melhor. Vou repetir isso até o último dia. Ou até faze-lo entender.
Muitas pessoas pensam mal de mim por ver a situação de fora. Amigos, ou pessoas que se diziam minhas amigas, acabaram se afastando e julgando, quando apenas deviam observar. Fui julgada, perdi alguns "amigos" mas ganhei auto-confiaça e nunca me senti tão madura como agora.
É emocionante ver o quanto eu amadureci desde o ano passado. Palavras que eu não achei que um dia fosse proferir, pensamento maduros e éticos que eu nunca achei que teria. Tudo isso saiu de mim, da minha cabeça, do meu coração. Me supreendi comigo mesma e acho que isso acabou diminuindo a culpa que era pra eu estar sentindo.

Mais madura, mais ética, mais racional e mais forte. Mais forte. É assim que eu me sinto. Menos criança, mais mulher. Menos passional, mais coerente. Mais justa, menos egocêntrica.
Como tudo na vida, como toda história, um dia acaba. Um dia termina e eu tenho que assumir, mesmo sentindo muito, que o fim foi decisão minha. Acabou mas valeu a pena, valeu a pena cada momento, cada conselho, cada palavra, cada experiência, cada aprendizado. Valeu a pena o amor, a cumplicidade e as palavras de carinho trocadas.

Tudo tem um lado bom e um lado ruim. Dessa vez não foi diferente.

Eu sinto muito... foi o melhor.

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