One day we'll be together (we'll never be apart)

terça-feira, 1 de março de 2011

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Primeiro de março. Dia um. Se quisesse escolher uma data para recomeçar, seria hoje. Escolhi. De hoje em diante eu vou fazer o que ME der vontade, vou falar o que eu quiser, pensar o que eu quiser e principalmente ficar com quem eu achar que devo. Ficar perto ou longe de alguém por comodismo, para não se incomodar com os outros é a maior besteira do mundo. Podem dizer que é errado, que não faz bem, que vou me arrepender mas... e aí? Eu tenho uma vida só, vou ter 15 anos por um ano só e se eu não errar nesse tempo todo, não vou aprender. Temos o tempo que alguém lá em cima decidi e acha necessário para errar, acertar, voltar atrás, aprender pelos erros e errar ainda mais depois. Temos o tempo certo para viver, conviver, amar, desamar e aproveitar. Temos tempo suficiente para rir, chorar, gritar, ficar bravo e ter dois trabalhos: ficar e desficar. Temos tempo pra tudo... pra ser feliz, pra ficar triste, enfim... A única coisa para a qual não temos tempo é arrependimento. Arrependimento do que foi feito e o que não foi feito.
Ora, se nós fizemos as coisas que temos vontade, nem que só naquele momento, porque nos arrependermos depois? Era o que tínhamos vontade e então era o que tinha que ser feito.
Arrependimento só serve para fazer o que foi bom perder valor. Arrependimento é um bichinho pequenininho que tem poder de tirar tudo de bom que um momento especial teve. O bichinho do arrependimento se alimenta e cresce a partir do julgamento dos outros, dos que estão a nossa volta e acham, por algum motivo desconhecido, que podem avaliar os demais.
Temos mania de fazer as coisas pensando no que queremos mas pensando também - e às vezes principalmente - no que os outros vão pensar, achar, julgar ou criticar. Não fizemos as coisas que temos vontade em nossos corações por ter medo do que nos espera, por ter medo de encontrarmos alguns dedos apontados para nós depois de tudo. Mas é como dizem: "cada vez que apontamos um dedo para o próximo, quatro estão apontados para nós".
Sempre penso sobre este assunto... Se estivéssemos livres do julgamento de qualquer pessoa, se ninguém pudesse ou quisesse criticar a gente, teríamos tanto medo ou tanta dúvida de fazer o que temos vontade? Não, eu aposto que não.
A média de expectativa de vida entre todos os estados do nosso país é de 74 anos, o que são aproximadamente 27010 dias de vida. 27 mil dias para viver e SÓ. Depois disso? Só tempo, muito tempo, muito, muito tempo para pensar sobre o que deveríamos ter feito. Sobre as oportunidades que jogamos fora, sobre os amores que desperdiçamos. Então vamos fazer o que tivermos que fazer.

Outra coisa que me faz pensar é o medo do arrependimento. Sempre pensamos quinhentas vezes antes de fazer qualquer coisa que seja porque temos sempre a mesma dúvida: "será que eu não vou me arrepender depois?".
E se a gente se arrepender??? Qual o problema? Melhor se arrepender agora, enquanto ainda temos tempo de levantar a cabeça e fazer tudo de novo se tivermos vontade, do que depois dos nossos vinte e sete mil dias de vida, quando vamos ter um infinito de tempo para pensar em tudo que podíamos ter feito e não fizemos por simples medo de tentar.

Vamos viver, amar, rir, chorar, brincar, ser sério, realizar, se arrepender e voltar atrás quantas vezes tivermos que voltar. Só temos vinte e sete mil dias.

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