One day we'll be together (we'll never be apart)

sábado, 12 de março de 2011

Eu

Nunca fui de fazer isso, nunca ninguém me viu fazendo isso mas acho que mereço hoje uma autobiografia... Não uma completa, uma que fale sobre uma característica que tenho e que ninguém reconhece. Doação ao próximo.

Se ligo para alguém e na hora do "tchau" percebo que não foi uma despedida como as de sempre, ligo de novo cinco minutos depois para saber o que houve.
Se falo com alguém e percebo que tem algo errado, sempre dou meu jeito de descobrir o que é para poder ajudar.
Se preciso fazer alguma coisa mas vejo que isso aborrece alguém, penso duas, três, quatro vezes e ainda assim tenho uma conversa sincera para saber se está tudo bem.

Me preocupo com TODOS os meus amigos, com TODAS as pessoas que amo, sem exceções. Faria tudo por qualquer um destes e daria a vida se preciso fosse, e algumas pessoas simplesmente não se importam.

Sabe o ditado "não faça para os outros aquilo que não gostaria que fizessem para você"? Eu o conheço mas faço uma diferença. Eu faço aos outros exatamente o que eu gostaria que fizessem a mim.

Se eu dei um "tchau" esquisito e pareci braba ou triste, quero que me liguem de volta para perguntar o que houve. Posso estar furiosa, se a pessoa fizer isso, me acalmo em dois segundos.
Se eu me preocupo com alguém a ponto de sair do meio de um dia em família para ligar e saber se está tudo bem, é porque eu espero que façam o mesmo por mim.
Se eu sou capaz de ver só as coisas boas que cada pessoa tem e esquecer quase todos os defeitos, é porque espero que me vejam desse jeito.
Se dou segundas, terceiras e quartas chances para todo mundo que merece, esperaria que eu pudesse errar algumas vezes e pudesse ser perdoada por isso.
Se faço tudo por todo mundo e deixo todos perceberem isso, queria que alguém me dissesse que faria tudo por mim e que me fizesse sentir isso também.
Faço para todos o que gostaria que fizessem para mim mas isso só não acontece. Dou muito e recebo pouco. Faço muita gente melhorar e não recebo nada ou muito pouco em troca.
Ajudo todo mundo sem que precisem me pedir ajuda e tenho que quase implorar por um abraço.
Enxugo lágrimas de todos e quando eu choro, sou julgada.
Faço o que não devo e brigo com quem não quero por aqueles que amo, e as pessoas preferem levar tudo a panos quentes pra não se desentender com os outros por mim.

A vontade que tenho às vezes é de gritar "E AÍ? ESQUECEU TUDO QUE FIZ POR TI?".

A verdade é essa, ou eu mudo meu jeito com os outros, ou continuo me decepcionando. Por que eu mudo por todo mundo, mas eles nunca podem mudar por mim.

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