One day we'll be together (we'll never be apart)

domingo, 12 de dezembro de 2010

!

"Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor..."

Epitáfio - Sérgio Britto

domingo, 14 de novembro de 2010

Formatura

A maioria de nós se conhece há quase uma década. No início, éramos apenas crianças com um objetivo em comum, enfrentar o colégio. Com o tempo fomos nos aproximando, fomos criando laços e vínculos, laços estes que nos unem até hoje. Sempre colegas, aprendemos a nos respeitar, a conviver, a ouvir e a ajudar uns aos outros quando fosse necessário. Crescemos juntos, amadurecemos, enfrentamos nossos medos, superamos nossos limites e dificuldades e acima de tudo, aprendemos que sozinhos não chegaríamos a lugar algum.
Intenso, inesquecível, inexplicável e incomparável. É assim que caracterizo esse tempo que estivemos unidos. Juntos, alunos, professores e funcionários, descobrimos o mundo. Um mundo de alegrias, de dificuldades, de limites a serem superados e de momentos únicos, momentos estes que nos acompanharão daqui para frente. Ensinamos e fomos ensinados.
Um ensino impecável, não só de conteúdos, mas também de valores, nos guiou durante muito tempo. Aprendemos, de forma íntegra, a ser amigos verdadeiros, solidários e a valorizar todos aqueles que nos cercam. Nossa escola nos preparou para o futuro, para a vida. Nos ensinou que não importa o quão difícil seja a nossa jornada, seremos recompensados e, por isso, não temos medo do que virá.
Mudamos muito ao longo da nossa caminhada. Amadurecemos, crescemos e nos tornamos pessoas melhores. Dentro do colégio tivemos a oportunidade de conviver com todos os tipos de personalidade e foram essas diferenças que tornaram a turma 231, única. Única pra quem fez parte dela, pra quem nos ensinou, pra quem nos xingou e pra todos aqueles que tiveram o prazer de conviver conosco.
Fizemos grandes amizades e quando se toca nesse assunto, palavras se tornam muito pouco. Agora é a hora em que nossos sentimentos falam mais alto e nossos olhos tentam segurar a saudade que começa a partir de amanhã. A todos esses amigos que fizeram parte do momento mais bonito das nossas vidas, só podemos dizer: muito obrigado. Tivemos momentos difíceis e foram nesses momentos que nós mais aprendemos. Aprendemos a aceitar que as pessoas são diferentes e que não há nada de errado nisso e aprendemos também a trabalhar em equipe, como um grupo.
Em nome da turma, gostaria de oferecer o nosso mais sincero muito obrigado a todos aqueles que nos acompanharam ao longo dos nossos anos de ensino médio. Aqueles que foram muito mais que professores, foram nossos amigos, nossos pais, nossos irmãos. Sorriram conosco, brigaram conosco e nos ajudaram a superar todo o tipo de desafio. Além do nosso agradecimento, gostaria de pedir desculpas pelas aulas agitadas, pelas brincadeiras fora de hora e por todas aquelas coisas que vocês sabem. Nós amamos vocês.
Turma, para finalizar, gostaria de lembrar vocês que este não é um momento para ficarmos tristes. A saudade estará presente conosco, sim, e muitas vezes ela vai doer, vai machucar. Quando isso acontecer, lembrem de tudo que nós vivemos e pensem no quanto valeu a pena tudo isso. A partir de hoje temos uma vida de incertezas pela frente e pode ser que em alguns momentos isso nos assuste. Saibam que nesses momentos todos aqui terão saudosos amigos prontos para ajudar. Não vamos chorar e nem nos lamentar porque tudo isso chegou ao fim. Vamos comemorar porque tudo isso existiu e porque nós fizemos parte disso.
Hoje é o nosso grande dia, o dia no qual falamos desde que aprendemos o que é o colégio, a nossa formatura e nós devemos nos orgulhar de estar aqui hoje. Estar aqui significa que nós superamos todos os obstáculos a que fomos submetidos e superamos também as expectativas de muita gente que não acreditou que nós conseguiríamos. Esta noite deve ser lembrada como uma das mais importantes das nossas vidas. Provavelmente hoje seja o último dia em que todos nós vamos estar juntos.
A partir de amanhã, cada um vai para um lado. Pode ser que os caminhos se cruzem, mas as direções serão diferentes. Aproveitem, riam, chorem, se divirtam, errem, acertem e voltem atrás se nada der certo. Essa é a nossa oportunidade de fazer e refazer, inventar e reinventar, por isso, não tenham medo de ser feliz. Temos muito tempo pra mudar quantas vezes for necessário. Aprendam, cresçam e levem sempre consigo uma lembrança boa dos nossos anos. Um sorriso, um conselho, uma atitude, não importa, apenas tenham consigo um pouco do que vocês foram dentro do colégio.
Muito obrigado também aos nossos pais, os maiores idealizadores disso tudo. A todos os funcionários e a equipe diretiva do colégio, que tornaram o nosso caminho muito mais gratificante. Lembrem sempre de nós.
Acabou. Agora é só saudade. Lembrem sempre de cada um que fez parte de tudo isso e não esqueçam que o que nós construímos estará pra sempre marcado na nossa história.
Muito obrigada.

sábado, 2 de outubro de 2010

Hoje eu vou sair pra encontrar o amor
Espero a tanto tempo e ainda não rolou
O vento diz que é hoje em meio a multidão
Que eu vou encontrar a dona do meu coração
Ai sempre...
Sorrir e chorar e ter alguém pra compartilhar
Sempre...
Viver para alguém que me ama e dividir
Sempre...
Felicidade e amor
Então...
Me encontra, ou deixa eu te encontrar.

Crazier

Eu sou louca, mesmo... Só pode.
Ontem vim aqui e falei tudo que eu precisava falar na hora. Logo depois eu dormir e acordei doze horas depois.
Estava me sentindo extremamente mal, sem vontade de fazer nada, com muita vontade de chorar e sem saber direito o porque.
Minhas primeiras palavras do dia foram com meu pai, que me mandou "desmauhumorar". Em outras palavras: era pra eu sorrir e fingir que estava ótima, se não nós íamos brigar.
Era impossível pra mim fingir que estava tudo bem naquela hora, então, me tranquei no meu quarto e não saí mais de lá.
Foi quando eu liguei o computador e troquei minhas primeiras palavras com alguém que não queria que eu "desmauhumorasse". Isso foi bom... Me fez bem.
De repente toda aquela vontade de chorar passou e o dia ficou bem mais bonito... Eu já podia até sair do quarto sem brigar com meu pai. Não saí porque a conversa no computador estava bem mais interessante.
Não conversamos muito, ele tinha que sair, mas de um jeito ou de outro eu sabia que era ele que tinha me animado. Como? Eu realmente não sabia, afinal, ele não falou nada muito fora do comum.
Tá, tudo bem até aqui... Isso acontecesse com quase todo mundo! Quando estamos tristes sempre tem AQUELA pessoa que nos anima independente de qualquer situação. É uma das coisas mas certas que tem.
Mas e se eu contar que essa mesma pessoa que me animou hoje foi quem me fez chorar ontem?
É... Eu até me surpreenderia... Se não fosse eu.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

?

Eu teria feito outro blog que fosse só meu pra escrever sobre isso mas eu não tô com cabeça nem paciência pra fazer isso.
Hoje percebi uma coisa. Acho até que a palavra não é bem "percebi", mas não vou pensar em algo melhor, não agora...
Parei pra conversar com a minha melhor amiga sobre coisas normais, coisas que nós falamos todos os dias. No meio da conversa, acabei contando pra ela uma coisa que anda me acontecendo e quando eu estava contando, acabei parando pra pensar sobre o que eu estava falando, coisa que, pra mim, é muito difícil... Eu raramente penso nas coisas que eu sinto.
Enfim, percebi que, desde alguns dias, eu venho cultivando um sentimento muito grande e muito "intenso" dentro de mim... Uma coisa que só tinha acontecido comigo uma outra vez na vida e, já dessa outra vez, não me fez muito bem.
Tenho ocupado muitas horas do meu dia pensando nisso, tenho deixado de fazer muitas coisas em função disso, mesmo que ninguém saiba. Tenho me incomodado muito com algumas coisas que eu, com certeza, não daria a mínima caso eu não tivesse esse sentimento dentro de mim.
Tenho me machucado muito e, o pior de tudo, tenho usado uma espécie de "máscara" todos os dias, para que as pessoas não percebam o quão destruída eu estou por dentro.
Numa das poucas vezes que deixei isso transparecer, me desentendi com pessoas, então desisti.
Tenho chorado, trancada no meu quarto, praticamente todos os dias.
Tenho escondido de todo mundo essa quantidade imensa de tristeza que eu guardo dentro de mim. Um pouquinho a cada dia. O problema é que os dias estão passando, eles não param pra me esperar e, quanto mais os dias passam, mais doses diárias de tristeza eu acomodo dentro de mim e eu cheguei naquele ponto que não cabe mais uma gota dentro, então a gente começa a deixar vazar pelos olhos, pelas palavras, pelas atitudes.
Minhas lágrimas andam falando por mim, o problema é que não tem ninguém pra ouvi-las.
Minhas atitudes falam por mim, mas não tem ninguém pra entende-las.
Meus pensamentos, que tanto me desconfortam, ficam guardados comigo porque não tenho com quem compartilha-los.

Tudo que eu queria era ter a coragem necessária de contar como eu me sinto pra quem realmente precisa saber. Como eu queria que não existissem pessoas que me deixassem com o pé atrás na hora de fazer isso. Como eu queria alguém com os pensamentos um pouquinho mais parecidos com os meus... Acho que se isso acontecesse, seria mais fácil pra mim chegar e dizer: "Olha só, eu preciso conversar contigo...".
Eu me pergunto, durando desabafos como esse, porque eu não faço isso? Daí lembro da resposta: eu não sei o que vou receber de volta.
Do mesmo jeito que eu posso acreditar que vai ser recíproco, posso acreditar que vou receber algumas palavras de consolo mas nenhuma conclusão e isso só me faria mais mal. Confesso que diante da situação que vejo diariamente, a segunda hipótese é bem mais convincente.

Quem realmente me importa, quem realmente eu preciso que entenda do que eu estou falando, simplesmente não percebe.
Não percebe que cada vez que eu falo "estou triste com algumas coisas que eu sinto", eu quero que pergunte: "O que tu tá sentindo?".
Não percebe que quando eu conto que chorei eu quero que digam "Como eu posso te ajudar?" e não: "Porqueee?".
Não percebe que quando eu digo TE AMO eu realmente quero dizer que eu tenho u amor imenso por essa pessoa e não porque fica mais simpático junto com o "boa noite".
Não percebe que quando eu digo "Faço tudo por ti" eu quero que me digam "eu também" e não "eu sei, valeu".
Não percebe que quando eu digo que tô com saudades eu quero que digam "eu também tô" e não que façam uma piada pra "descontrair o ambiente".

Esse é o meu problema: falta de compreensão. Eu precisava que as pessoas a minha volta abrissem mais os seus olhos e tentassem ver além do que eu mostro.

Bom, eu não tenho isso, e quanto mais eu reclamar e bater na mesma tecla, pior vou ficar. Eu só precisava desabafar e, pra variar, comigo mesma.

Obs;.Erros de português devem ser ignorados. Não tô com paciência pra arrumar.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Eu

Me chamo Júlia, tenho quinze anos.
Sou alta e não sei dizer que cor são meus cabelos e meus olhos... Há controvérsias.
Gosto de futebol, de amigos, da família e de chocolate.
Gosto de andar a pé pra não fazer nada e de não fazer nada para não ter que andar a pé.
Gosto de ballet, gosto de chiclete, gosto de português.
Gosto de ler e gosto de música.
Gosto de mim mas nem tanto quanto gosto dos outros.
Gosto da minha turma, amo meu colégio.
Amo minha amiga e amo alguém também.
Gosto de desenhar, gosto de falar e adoro ouvir.
Gosto de ver tevê mas prefiro dormir.
Gosto de estudar e odeio matemática... Não tanto quanto odeio física.
Gosto de dormir cedo para acordar tarde e dormir tarde para acordar mais tarde ainda.
Acordar cedo não é legal.
Gosto de escrever mas nunca tenho assunto.
Gosto de conversar sobre tudo, principalmente com duas pessoas.
Odeio não ter assunto e coisa que me irrita é indiferença e falta de consideração.
Sou ciumenta quando precisa e um pouco quando não precisa também.
Amo que sintam um pouco de ciúmes de mim e sinto falta disso.
Sou carente mas não gosto de carinhos o tempo todo.
Grude me irrita e pessoas que ficam sempre muito longe me deixam triste.
Não me acho bonita, bem pelo contrário, mas não vou ficar sempre reclamando.
Amo meu pai, sou viciada na minha mãe e não vivo sem minha irmã e meus avós.
Sou um exemplo vivo do 8 ou 80. Ou amo, ou odeio. Ou sou amiga, eu não falem comigo.
Ou gostem de mim ou sejam sinceros e não cheguem perto.
Há quem diga que nasci para ser amada ou odiada, concordo... Nunca gostei de meios termos.

Amo

Amo tudo em ti.
Amo teu cheiro e amo teu abraço.
Amo teu beijo e amo teu jeito.
Amo teu olho e amo te ver.
Amo ficar contigo e amo até sentir tua falta.
Amo saber que tu gosta de mim e amo mais ainda saber que estamos juntos.
Amo a maneira como tu fala comigo, amo teu silêncio.
Amo tua cara de brabo e amo teu sorriso.
Amo falar contigo e amo te ouvir.
Amo nós dois juntos.
Amo saber que deu certo.
Te amo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Tudo

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

Martha Medeiros

ai ai

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Extremos

Um dia muito amorzinho, outro dia muito frio. Eu juro que não entendo.
Não sei se sou eu que espero muito das pessoas, se eu fico esperando demais por palavras bonitas, abraços, beijos e surpresas, mas as coisas parecem um tanto quanto confusas pra mim.
Quando eu me conformo com uma coisa sem-sal ganho um banho de elogios e palavras de carinho. Quando me acostumo com um amor do meu lado, volta toda a frieza.
Isso me deixa mal, me deixa pra baixo. Eu espero muito das pessoas, mesmo, demais, mais do que eu poderia até. Que coisa. Parece que eu não canso de me machucar.
Ou eu dou um jeito de me acostumar com bipolaridade ou eu não sei, mesmo. Vou enlouquecer daqui a pouquinho.
As vezes tenho vontade de gritar "ACORDA!!! EU EXISTO, EU TENHO SENTIMENTOS."
E é tão fácil me agradar, nossa... É fácil me deixar triste, é só me ignorar, me deixar de lado... Mas me agradar? Nossa, é mil vezes mais fácil. É só me dar um beijo de repente, me chamar de linda quando eu estiver me sentindo a pessoa mais feia do mundo, me ligar só pra saber se eu tô bem, me dizer um "eu te amo" do nada, só isso, UMA vez por ano e pronto. Eu sou muito infantil nesse ponto, me encanto por qualquer coisinha e não percebem isso. Enfim, supreendam-me, as vezes é bom!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Equilíbrio

Há um tempo atrás eu tinha algumas dúvidas, algumas incertezas, algumas coisas que me deixavam com um pé atrás até na hora de pegar o telefone e digitar o número. Eu me perguntava duzentas e cinquenta vezes se queriam falar comigo antes de ligar. Pensava mais trezentas vezes em como dar "Oi!". Antes de dizer um "eu te amo" daqueles bem sinceros eu pensava mais de trezentas vezes... Tinha medo de ouvir um "eu também" mais frio que não-sei-o-que.
Juro que eu pensei que eu sempre ia ser assim. Pensei até em procurar ajuda psiquiátrica (e é sério.).
Fiquei muito feliz no início dessa semana quando vi que alguém tinha conseguido fazer eu me livrar de todas essas inseguranças.É tão bom não ter dúvidas, não é? Não vou ser pretensiosa a ponto de dizer que, hoje, tenho certeza de tudo que eu faço/falo/penso, mas, como eu vou explicar... Não penso mais tantas vezes antes de fazer e, principalmente, falar as coisas que eu sinto. Aprendi a me sentir segura o bastante pra acreditar que a recíproca vai ser verdadeira e que eu vou ser correspondida e aprendi também a aceitar que as pessoas nem sempre vão sentir por mim o que eu sinto por elas. Aprendi que nem sempre as pessoas me amam como eu as amo, que nem sempre me detestam como eu as detesto, que nem sempre pensam como eu gostaria que pensassem e que eu, de jeito nenhum, posso julgá-las por isso. Que culpa elas tem? Eu é que espero demais delas... E já foi dito que "A expectativa é o caminho mais curto para a decepção".
Esse meu texto ficou bastante contraditório. Uma hora disse para "fechar os olhos e ir", sem ter medo de ser ou não correspondido. Outra hora, disse que não é bom ter expectativas. Mas acho que isso me mostra, e mostra pra vocês também, o quanto eu aprendi. Tanto aprendi que acho que encontrei o equilíbrio entre a expectativa e a ação. Entre esperar pelos outros e confiar em mim mesma.
Fico BEM feliz quando me dou conta disso.
Espero que essa minha certeza toda não seja só ilusão (expectativa)... Mas e se for? Azar! Tenho muito tempo pra aprender ainda

domingo, 15 de agosto de 2010

Masoquismo

Todo mundo tem alguma ferida aberta; mesmo que a gente finja que nem sabe o que é isso. Pode ser um ex namorado que não é tão ex assim, uma perda de alguém muito especial, saudade de alguma amiga ou amigo que mora longe e que sabemos que nunca mais vamos encontrar.
Tudo isso fica guardado dentro de nós mesmo, e é quase impossível esquecer, cicatrizar.
Nunca conheci alguém completamente bem resolvido, que não tenha essas feridas dentro de si, e, comigo não é diferente.
Acho que não convém eu contar aqui o que é essa minha ferida, mas posso garantir a vocês que dói.
Dói cada vez que eu penso, cada vez que me falam sobre ela, cada vez que eu escuto uma música que parece que foi feita pra me fazer lembrar do que me machuca.
Uma pessoa normal, como a maioria, creio eu, faria o mais simples e eficaz: não pensar, tentar não lembrar e só. Esquecer, ou fingir que esqueceu. Uma pessoa normal guardaria a ferida lá naquela gavetinha, sabe? No fundo, bem no fundo do nosso órgão vital.
Mas eu... eu não me entendo. Será que eu sou tão ruim assim pra mim mesma? Eu consigo sempre pensar no que me machuca, aliás, eu só quero pensar nisso. Sempre lembro, sempre escuto as mesmas músicas, sempre olho as mesmas fotos, leios as mesmas cartas, falo com as mesmas pessoas. Se ainda fossem fotos e músicas normais, ou ainda pessoas aleatórias, mas não. São AQUELAS fotos, AQUELAS músicas, tudo que me machuca.
Não sei explicar direito, e é quase insuportável tentar fazer isso. Mas é commo se fosse bom lembrar de tudo. Ao mesmo tempo que me traz más lembraças, me traz as melhores memórias possíveis junto.
A mesma pessoa que me fez sofrer demais, foi a que me trouxe mais felicidade. E aí? Penso ou não penso? Alguém ajuda.

domingo, 1 de agosto de 2010

Antigo

Sabe aquele sentimento que a gente tem guardado há muito, muito tempo? Todo mundo tem um...
Pode ser uma saudade, uma paixão, uma angústia, uma raiva, uma inveja boa... No meu caso, um amor.
Tá, confesso que antes não era amoooor, amor, amor, mesmo... mas era como se fosse. Eu dizia que era (eu nem sabia o que era isso) e eu me sentia a maior amante do mundo, com uns sete anos. Sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze... Aí apareceu outro sentimento que à primeira vista era maior que o antigo e então eu meio que "substituí" sentimentos.
Pensando racionalmente não se pode substituir sentimentos como se fossem armários que podem ser renovados... Não se pode pegar um sentimento como uma roupa velha e jogar fora e muito menos doar sentimentos. Isso não existe. Mas a minha cabecinha tava em algum outro lugar quando eu resolvi fazer a substituiçao.
Eu podia jurar que tinha realmente jogado um sentimento fora e colocado outro no lugar.
Pobre, Júlia... Mal sabia eu que não era nada disso.
O sentimento antigo tava lá ainda, aliás, tá aqui ainda, sempre esteve. Talvez eu tenha guardado ele em uma gaveta lá no finalzinho do coração, trancado com duzentas chaves pra ninguém achar, mas ele ainda tá aqui.
Uma coisa me surpreendeu há pouco tempo: eu descobri que o "novo sentimento" não era novo. Não era nem sentimento. Era alguma sensação boa que alguém me causava e que me foi suficiente por dois anos mas que agora não é mais.
Essa sim foi embora... Não digo que eu joguei fora porque isso seria ser ruim demais, mas eu tirei de mim e ela anda por aí... As vezes tenta se passar por saudade essa tal de sensação (uns chamam de paixão), mas eu nunca caí na dela.
O antigo sentimento, esse sim, é sentimento mesmo.
Tá aqui desde sempre, eu acho, e continua igual, como na segunda série. Agora eu me pergunto... Se isso não é sentimento o que é então?
Amor que é amor, sentimento que é sentimento, não morre com o tempo, não morre com distância. Mudar? Mudar, muda. Aumenta. Se for de verdade, aumenta.
E é tão bom ter um sentimento antigo... Tu já é acostumada com ele e tu sabe, tu tem certeza, que ele NUNCA vai sair de dentro de ti, no máximo vai ser guardado na gavetinha de novo.
Esse amor que eu falo que eu tenho guardado desde sempre é mais que amor... É amor com admiração, com consideração, com carinho, com respeito, com sinceridade, com amizade. É amor de amigo e de namorado ao mesmo tempo. Juro que eu não sei explicar, só sei que é muito bom se sentir assim. E eu não abro mão disso, nunquinha.
Eu posso guardar amanhã esse sentimento aqui dentro de mim, posso, sim. E posso abrir a minha gavetinha só daqui uns 20 anos e... adivinha? O sentimento ainda vai estar aqui, intacto, como novo.
Por quem eu tenho esse sentimento? Os curiosos que me desculpem, mas deixemos assim.

sábado, 31 de julho de 2010

Resolvi agora escrever sobre uma coisa que antigamente me incomodava muito... Uma mistura de sentimentos pra lá de esquisita.
Certa vez resolvi reparar em um edifício bem alto que sempre esteve ali quando eu passava mas que nunca antes eu havia prestado atenção. Me encantei e não era pra menos... o edifício não era lindo e maravilhoso mas tinha o seu charme, era uma graça!
Eu, como sempre, muito impulsiva, apostei todas as minhas fichas no edifício alto, mas todas mesmo, sem exceções.
Logo de cara precisei entrar em um elevador que não me parecia nada confiável, era diferente de qualquer coisa que já tinha visto e quando entrei e dei o primeiro impulso rumo ao último andar, senti sensações que eu nunca havia sentido.
O caminho até o topo não era curto, eu ainda teria que esperar aquele elevador que, convenhamos, não era o mais rápido do mundo, subir uns bons andares. E esperar nunca foi uma coisa que eu gostei de fazer.
Justamente por não gostar e não saber se o elevador era realmente seguro, por muitas vezes repensei a minha escolha e me perguntei se não era mais simples, fácil e seguro se eu apertasse o botão "emergência" e descesse ali mesmo.
Pensei, pensei de novo e pensei mais um pouco, por várias vezes, mas no fim eu continuava ali, no elevador, sempre subindo a ganhando confiança. O topo nunca chegava mas eu tinha esperanças demais pra desistir ali.
Com o tempo aquela rotina de sempre subir, passar os dias inteiros dentro daquela cabine apertada, começou a me incomodar. Eu não tinha o MEU espaço, eu tinha o espaço que o elevador me proporcionava. Eu não podia sair a hora que EU quisesse (a não ser que eu apertasse o botãozinho vermelho, mas era arriscado demais perder tudo), eu só poderia descer quando ELE resolvesse abrir a porta. Eu dependia do elevador e o elevador não dependia de mim. Ele poderia parar ali e me deixar presa até quando bem entendesse, e eu? eu não podia parar o elevador e pedir pra descer. Não havia essa opção... ou eu subia até em cima, ou eu parava, descia do elevador e ficava pra sempre preso em algum andar do prédio, com as coisas todas pela metade, nada bem resolvido. Sim, era um elevador meio muito esquisito, mas quem disse que eu me importava? Por vezes a sensação se subir, subir e subir para chegar lá em cima era TÃO boa... a expectativa de encontrar algo completamente novo era TÃO encorajadora... Tinha medo de abrir mão de tudo aquilo.
Esgotei. Estava com a mão sobre o botão de emergência quando de repente a porta abriu e um outro indivíduo, muito simpático por sinal, entrou e resolveu mudar aquela minha rotina. Parecia até que o elevador sabia que aquilo não seria bom para a nossa relação (relação entre eu e o elevador)... ele balançava sem parar... as vezes se acalmava, e tinha vezes que eu até precisava parar as conversar com o rapaz que dividia a cabine comigo porque corríamos o risco do elevador despencar e todos morrermos ali.
Resolvi não dar mais bola pro elevador. Quase esqueci que eu estava lá dentro! Aproveitei muito os dias e as noites... O moço que agora morava comigo parecia não se importar com as minhas limitações em relação ao espaço, ele sempre foi muito compreensivo.
O elevador não aguentou. Parou em um andar e praticamente disse: ou ele, ou eu.
Pensei muito, mais uma vez. Tive de decidir: ou eu mandava meu amigo embora e continuava subindo naquele elevador mais instável que sei-lá-o-que, ou eu descia ali mesmo e contiuava a vida sem nunca saber como era lá em cima.
Resolvi descer... Não tive paciência para pensar tanto quanto eu gostaria, mas eu já tinha decidido e quando eu decido uma coisa, saiam de perto todos aqueles que pensam em me contrariar.
Desci... Uma coisa me chamava muito a atenção: o elevador continuava parado ali, me esperando... como se ele soubesse o que ia acontecer, como se ele dissesse: estou aqui porque tu ainda vai voltar.
Dito e feito.
Senti saudades da rotina apertada... Era bom viver fora do cubículo, mas o cubículo tinha se tornado a minha vida naqueles meses todos de subida e eu não conseguia mais seguir sem ele.
Apertei o botão para a portar abrir, me despedi do meu amigo da forma mais fria e cruel que eu podia (sei lá eu porque) e olhei pra dentro do velho e reconfortante elevador! Ele estava lindo, mais do que nunca, parecia novo! Os arranhões tinha sido consertados, a sujeira toda havia sido limpa, o espelho brilhava mais que diamante. Eu me senti em casa de novo.
Aí foi o caos. Me vidrei no elevador, estava encantada como da primeira vez. Larguei os estudos, não pensava em mais nada, só em gastar meus dias inteiros admirando, conversando, aproveitando o elevador.
Um dia, quando eu já não tinha mais noção de tempo, hora e espaço, fui pega de surpresa: Parou. O elevador parou. Ninguém embarcou, o botão vermelho não tinha sido apertado: EU TINHA CHEGADO.
Cheguei no topo, cheguei no ponto mais alto e para mais uma surpresa: eu era a primeira visitante do ponto alto do elevador.
Ai, a vista era LINDA, ela deslumbrante, era de se apaixonar mais ainda.
E foi aí que eu percebi que eu nunca mais queria descer. Era perfeito. Não era romântico demais e nem estúpido demais. Não era nem muito quente e nem muito frio. Não tinha muito espaço mas também não era pouco como antes.
Lá de cima eu via todos os meus amigos antigos bem pequenininhos lá embaixo, abanando pra mim como se dissessem: Ei!!! Eu ainda existo!
Eu até acenava de volta mas isso não me fazia diferença. Minha vida era tão perfeita na cobertura que eu sentia como se não precisasse de mais nada.
Fui chegando mais na beira, cada vez mais na beira e descobrindo coisas novas, coisas que me encantavam mais ainda, coisas que eu jamais pensei ver e senti. E era MUITO bom.
Passei uns quatro ou cinco meses no paraíso... Até que um dia eu vi que aquilo era bom demais, sim, não tinha deixado de ser perfeito, mas enquanto eu estava lá na cobertura as pessoas contiuavam lá embaixo, ninguém ousava me acordar daquele sonho, me viam feliz e pensavam que eu era completamente realizada... E eu também pensava assim.
Comecei a sentir falta de ambientes diferentes, pessoas diferentes, opiniões diferentes, conversas, assuntos e até mesmo discussões diferentes que a cobertura já não podia mais me proporcionar. Não que ela não tentasse, pelo contrário, se mostrava cada vez mais perfeita, mas a perfeição já não fazia mais sentido, eu precisava, eu necessitava de pessoas novas e de pessoas antiga também do meu lado. Eu já não era a mesma.
Eu amadureci nesses meses todos de "viagem", eu errei, consertei os erros, aprendi, mudei, me transformei em outra Júlia. Mais corajosa, menos boba.
Foi então que eu resolvi descer. Chamei o elevador mas ele não veio, ele não queria que eu fosse embora. Eu era a primeira visitante da cobertura MARAVILHOSA, e pro elevador eu seria a única. Eu sabia disso, eu tinha consciência de que eu deixaria para trás o paraíso, praticamente. E pior, eu deixaria o paraíso triste. O paraíso me queria sempre ali e eu também queria sempre ficar ali, mas eu PRECISAVA de companhia. Meus diálogos sempre com a mesma "pessoa", sempre com aquela cobertura, começaram a ser entediantes, não tinha mais graça.
O elevador não subiu, escada não tinha. Tinha um jeito, só: pular.
Me atirar lá de cima.
Não era o que eu queria, mas o elevador não vinha e eu não tinha outra saída: ou eu pulava fora, ou eu estaria presa lá em cima pra sempre.
Pulei (à essa altura da história vocês já tinham até esquecido que eu sempre fui muito impulsiva, né? enfim...).
Na queda eu olhava pra dentro das janelas dos apartamentos do prédio e via todos os moradores com caras de espanto pesando o que eu estava fazendo jogando tudo aquilo fora. Uns gritavam: FICA!
Outro permaneciam quietos (o silêncio pra mim sempre foi pior).
Lá embaixo meus amigos me esperavam, eles eram melhores do que eu pensei. Mesmo eu tendo ficado tanto tempo longe, lá em cima, eles ainda estavam ali, do mesmo jeito, me esperando, perfeitos como costumavam ser.
Fiquei muitos dias bem longe do prédio, conversando com todo mundo que eu podia, botando todo o assunto em dia, e não era pouco.
Na minha cabeça eu podia voltar ali no edifício sempre que eu quisesse pra matar um pouco as saudades, sabe? Normal... como amigos... eu não precisava pertencer ao elevador, nem ao edifício e nem a cobertura pra manter contato com eles, né?
Qualquer pessoas em sã consciência pensariam assim, menos o edifício. Quando eu voltei para visitar meu antigo lar, as portas estavam lacradas pra mim, fechadas.
Acho que o prédio pensava que eu ia implorar pra ele abrir, que eu ia bater e bater e bater na porta sem desistir, mas a minha nova-velha vida tava tão boa que eu nem liguei.
Aquele amigo que andou de elevador comigo há um tempo não quer mais saber de mim, acho que ficou meio traumatizado com a descida brusca.
Mas tem outro amigo... Um que já era antigo, desde antes do elevador.
Esse amigo me mostrou que eu não preciso passar por toda aquela subida estranha, nem viver num ligar apertado só pra ter uma vista linda... Eu posso ver, sentir e ter coisas maravilhosas aqui no chão mesmo, perto do resto das pessoas e nem por isso vai ser menos do que a cobertura.
Hoje estou muito feliz... Tenho todos os amigos de antes e um deles agora é mais do que isso, mas vamos deixar essa parte da história pra uma outra postagem.
Um beijo.

O pior de todos

Sempre fui muito sentimental, muito sensível... Sensível até demais algumas vezes.
Várias coisas me machucam: brigas, desentendimentos, meu desempenho no colégio, alguns descontentamentos... mas o pior de tudo pra mim é uma coisinha que começa bem pequenininha, lá dentro, bem lá no fundo. Ela se alimenta dos nossos melhores sentimentos, se alimenta de tempo, se alimenta de recordações e cresce extremamente rápido. O nome? Saudade.
Saudade de quando eu era pequenininha e dependia da boa vontade dos meu pais para tudo.
Saudade de quando entrei no colégio pela primeira vez e logo fiz meus primeiros amiguinhos.
Saudade de quando meus primeiros amiguinhos, por mais novos que fossem, tinham um sentimento puro e sincero por mim.
Saudade de me sentar na salinha para ouvir sempre as mesmas historinhas do meu avô.
Saudade de morar com a minha mãe e de implicar com a minha irmã de 5 em 5 minutos.
Saudade do ano da minha formatura, das antigas amizades, do amor antigo.
Saudade de quem passou pro outro lado e saudade de quando eu tinha tudo e achava que não tinha nada.
Saudade é pior que raiva, é pior que ódio e, confesso, saudade pra mim é ainda pior que indiferença.
Prefiro não estar nem aí, que não estejam nem aí pra mim à sentir falta de alguém e não estar presente onde alguém me quer.
Raiva com uma conversa, passa. Ódio com mais algumas conversas e um pouco de tempo também passa. Indiferença nem tem que passar, indiferença é nada. Agora, saudade? Essa só passa quando se tem o que queremos bem perto de nós. Se fosse simples assim a saudade seria o sentimento mais passageiro dessa dimensão! Quando sentíssemos saudade, pegaríamos o desejado e ela passaria.
Aí que mora o problema: nem sempre podemos ter as coisas de volta. E aí? E aí nada... Morremos de saudade.

domingo, 25 de julho de 2010

Críticas

Uma coisa tem me chamado a atenção há alguns dias: a capacidade e o prazer das pessoas em criticar as outras. Chamar alguém de feio, gordo, insuportável, burro não deixará ninguém mais bonito, mais magro, mais suportável ou mais inteligente... Do meu ponto de vista ainda vamos mais fundo! Chamar alguém de algo, no mínimo, pejorativo, é um sinal da estupidez, do baixo nível que conseguimos alcançar.
Seres humanos são sinônimos de seres imperfeitos, não estou defendendo minha "bondade" e não serei tão hipócrita ao ponto de postar que nunca abri minha boca para xingar alguém, já o fiz, sim. Já julguei mal, já falei sem conhecer, já fui injusta com algumas pessoas em alguns julgamentos.
Também não pretendo alcançar um nível superior, por isso, posso quase que afirmar que ainda vou cometer erros do mesmo tipo.
Agora, com toda a sinceridade do mundo? Nunca me senti melhor colocando alguém "para baixo", nunca me senti bem depois disso. Pode até ser que na hora eu tenha me sentido mais leve, descontando toda a minha raiva na imagem de alguém, mas são sensações (já que não se pode chamar de sentimentos) momentâneas, logo passa.
Sou criticada quase que diariamente pois resolvi me expor usando um site popular que permite que pessoas anônimas me mandem qualquer coisa que quiserem e isso me fez pensar mais ainda sobre o tema. Qual o sentido disso tudo? Será que as pessoas realmente gostam disso? De falar dos outros sem conhecer ou conhecendo muito pouco? Posso apostar que sim, agora, não me perguntem por quê.